Fisioterapia - Dr. Daniel Abade

Blog destinado aos profissionais da saúde e pessoas com dúvidas e curiosidades na área da Fisioterapia na Ortopedia.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Tratamento de LCA - 2° mês - Parte 2

segue tratamento no 2 mês de p.o

Postado por Fisioterapeuta Abade às 19:03

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Fisioterapeuta Abade: Fisioterapeuta especialista em ortopedia e traumatologia pela UNICAMP, instrutor graduado em pilates estudio e solo, extensão em hidroterapia na ortopedia(Instituto Valéria Figueredo) e RPG - Reeducação Postural Global.(Instituto Barreiros)

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Saiba dos perigos que uma chuteira mal "escalada" pode te proporcionar

Joelho: ortopedista analisa lesões de atletas
Em um único final de semana, quatro jogadores sofreram contusões graves em gramados nacionais, o atacante do Corinthians Nilmar; Alemão, do Palmeiras; Kerlon, do Cruzeiro e Obina, do Flamengo. Os atletas passaram pelo mesmo drama: ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho, lesão que vem assustando os atletas, além do questionamento dos técnicos e empresários para descobrirem a causa da incidência freqüente deste problema. Segundo pesquisas científicas, nos Estados Unidos ocorrem em média cem mil lesões do ligamento cruzado anterior do joelho por ano. E, no Brasil, Dr. Rene Abdalla, ortopedista do HCor - Hospital do Coração, em São Paulo, opera cerca de 180 lesões por ano. “É seguramente a lesão mais freqüente encontrada em esportistas”, enfatiza Dr. Abdalla.

Segundo Dr. René Abdalla, o rompimento do ligamento cruzado anterior do joelho pode ter muitos fatores como chuteiras, condições do gramado, excesso de treino e fadiga muscular. “Atualmente, o futebol está mais competitivo e vigoroso, sendo que no passado era mais técnico. Os solados das chuteiras atuais não têm mais aquela série de pinos, e sim travas “achatadas“ dispostas de maneira longitudinal. Elas prendem o pé do jogador ao chão em determinadas circunstâncias - o que facilita a ocorrência de entorses. Nos dias dos respectivos jogos, os quatro jogadores que apresentaram lesões estavam com o mesmo tipo de chuteira (mais conhecida como dente de tubarão)”, explica Dr. Abdalla.

“Além das chuteiras “dente de tubarão”, que foram comprovadas cientificamente por serem uma das causas das lesões dos atletas, temos que observar ainda os gramados (se tiverem muito seco, maior o risco de lesões), o excesso de treino também pode causar fadiga muscular, além da idade dos jogadores. Os jogadores lesionados possuem idade entre 18 e 24 anos (fase em que mais ocorrem as lesões de ligamento cruzado do joelho). Já, com os atletas acima de 25 anos este tipo de lesão não é tão comum,” esclarece Dr. Abdalla.

Sobre lesões do ligamento cruzado anterior:

O joelho é a maior e mais complexa articulação do corpo e depende de quatro complexos ligamentares básicos assim como músculos e tendões, para manter sua função normal. De maneira simplificada, existem dois ligamentos nos lados do joelho: o ligamento colateral medial e o colateral lateral, e na parte central os ligamentos cruzados anterior e posterior. Este ligamento conecta a parte frontal da perna à parte posterior do fêmur (coxa) e evita que a perna deslize anormalmente para frente.

Os traumas mais comuns que promovem lesão do L.C.A – Ligamento Cruzado Anterior - são as torções e “choques” direto contra o joelho, durante práticas esportivas (por exemplo esqui no primeiro caso e futebol no segundo). Nesses casos o joelho é forçado a uma posição anormal resultando em ruptura de um ou mais ligamentos.

Na maioria dos casos, quando ocorre lesão do L.C.A, o atleta sente uma sensação de “falseio”, como se o joelho saísse do lugar, acompanhado por um estalo. O trauma é associado a inchaço, dor e incapacidade de continuar jogando. Após algumas horas o joelho aumenta de volume (líquido intra-articular) e a marcha se torna dificultada. Esses sintomas são piores nos dois primeiros dias regredindo progressivamente.

Técnica cirúrgica – na lesão, o LCA literalmente se “desmancha” e a técnica consiste em substituí-lo por enxerto autógeno (retirada do próprio paciente). Os utilizados são: o tendão patelar, os tendões do semi-tendíneo e grácil e tendão do quadríceps. O segredo é escolher o enxerto adequado para cada caso. Recuperação - Consiste em programa definido de fisioterapia, passo a passo que permitirá o retorno do atleta aos esportes coletivos em aproximadamente 06 meses.

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